5 de março de 2010

Carta a uma amor secreto n.8

Uma memória, uma simples e mera memória, presa entre dois mundos, presa entre duas dimensões. Algo que faz parte da realidade ao mesmo tempo que faz parte da fantasia, algo com tanto significado e ao mesmo sem qualquer sentido. És isso, e é assim, só assim, que te consigo descrever. Porque tu és alguém que ultrapassa tudo aquilo que conheço. Porque tu és alguém que vai muito para além de tudo aquilo que compreendo. Porque tu és assim, inatingível, intocável, incompreensível. E é por isso, é por seres quem és como és, que és diferente, não sei se para melhor, não sei se para pior, mas és diferente.
Eu sei que não passas de alguém que concebi para mim, alguém que não existe da maneira como eu sonho, alguém que traduz todas as minhas utopias, todos os meus desejos, todos os meus medos. Mas em tudo o que me deste, aquele tudo que nem sabes que existiu, tenho a certeza de que tirei um pouco daquilo que realmente és. E hoje, passada tanta coisa, eu sou um pouco de ti. E amanhã, quando tudo já for passado, eu continuarei a dever-te aquilo que sou, aquilo em que me tornei. Porque em cada palavra, em cada texto e poema, em cada sorriso e lágrima, existirá sempre a recordação daquele alguém que com um sorriso, apenas um sorriso, mudou um mundo, mudou uma vida. Obrigado.

1 comentário:

Margarida Dias disse...

as recordações ficarão para smpre na memoria...
independentemente do k akela pessoa signifikou para ti...ou ainda possa significar.