15 de março de 2010

Carta a um amor secreto n.9

Palavras, apenas palavras, no entanto são algo com tanta força, com tanto significado, com tanta sinceridade. Mas eu sei, são só palavras, meros conjuntos de letras, disso não passam. E tanto eu queria que passassem desse pouco que no final nada é, tanto eu queria que estas palavras, estas que agora escrevo, fossem capazes de se distinguir de todas as outras, fossem capazes de ultrapassar os seus limites, fossem capazes de se tornar memoráveis, épicas, eternas. Mas não são, por mais que eu lute, por mais que me esforce. Porque há batalhas que estou destinado a não ganhar, e esta é uma delas.
Mas mesmo assim, mesmo sabendo que todo o meu suor, todas as minhas lágrimas e todos os meus gritos jamais me conduzirão à vitória não deixo de lutar. E esta luta que sempre fará parte da minha vida enfrento-a todas as noites. Quando penso em ti, quando penso na impossibilidade de te ter a meu lado, quando adormeço sozinho sabendo que não sou lembrado. E aí sofro, chorando e suplicando por alguma felicidade, chorando e suplicando pelo teu amor. Não o tenho, nunca o terei. No entanto não é isso que me irá fazer baixar os braços, não é isso que me irá fazer deixar de sorrir a cada dia, não é isso que me irá fazer desistir de tentar provocar um sorriso em todas as pessoas ao meu redor, por mais que isso se traduza em sofrimento. É um sofrimento insignificante. É um sofrimento apenas meu.

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