28 de fevereiro de 2010

Amor

"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até o fim." Fyodor Dostoevsky

27 de fevereiro de 2010

Paixão de Verdade

Depois de tantas paixões,
De tantas noites a sonhar,
Depois de tantas desilusões,
De tanta dor e de tanto chorar,
Depois de tantas emoções,
De tanta alegria e pesar,
Depois de tantas ilusões,
De tanta gente abandonar,
Eis que surges no meu mundo,
Mostrando-me tamanha felicidade,
Elevando em mim sentimento profundo,
Mostrando-me o amor na realidade,
Fazendo-me sentir tanta saudade,
E sendo minha única paixão de verdade.

26 de fevereiro de 2010

Carta a um amor secreto n.7

Esperança. É esse sentimento que me preenche a mente. É esse sentimento que me faz acordar todas as manhãs. É esse sentimento que me conduz à maior das dores imagináveis. E é também esse sentimento, a esperança, que me faz acreditar que um dia, mais tarde ou mais cedo, hoje ou amanhã, vais chegar ao pé de mim e me vais dizer tudo aquilo que sentes, mesmo que seja aquilo que mais eu temo ouvir. Porque sabes, a esperança que tenho não é assim tão grandiosa que me leve a crer que podemos ser felizes juntos. Mesmo que o meu desejo fosse esse. Mesmo que a minha vontade fosse conseguir sonhar com um futuro a teu lado, conseguir sonhar com o teu amor. Não consigo, nunca conseguirei.

Mas mesmo assim, mesmo sabendo que a teu lado não tenho lugar, não deixo de adormecer todas as noites sonhando em poder acariciar-te, em poder revelar-te aquilo que sinto, em poder fazer de ti a rapariga mais feliz do mundo. Porque tu mereces ser essa rapariga, mereces acordar todos os dias com a certeza de que és especial, mereces sentir a todos os instantes que és amada, mereces ter motivos para estar sempre a sorrir, mostrando esse teu sorriso incomparável, esse sorriso que me fez apaixonar por ti antes de te conhecer, esse sorriso que infelizmente não revelas tantas vezes quanto deverias.

Esperança. É esse o sentimento que continua a fazer com que eu sofra e acredite que o impossível vai acontecer. É esse o sentimento que alimenta a paixão que por ti possuo. É esse o sentimento que todas as noites me faz escrever para ti, para o meu amor secreto.

25 de fevereiro de 2010

Sorrisos na Noite

Por entre a escuridão de uma noite esperada
Um único brilho recolhe todas as atenções,
É o sorriso de uma história passada,
Um sorriso que abalou tantos corações,
É o sorriso que a tornou na mais amada.

E ela perdida num mundo que não o seu,
Esquecida por todos os que alguma vez amou,
Chora, grita, suplica por tudo o que perdeu,
Recordando o momento em que ele a deixou.

Mas aquele sorriso sobrevive a toda a dor,
Mesmo depois de tanto sofrimento e de tão pouco amor…

24 de fevereiro de 2010

Luta Perdida

Foste luta que nunca pude vencer,
Foste batalha a que não podia sobreviver,
Foste guerra que estava destinado a perder.

Uma luta em que nunca consegui lutar,
Uma batalha que passei triste, a chorar,
Uma guerra perdida, a guerra de amar.

Mas foste a felicidade na escuridão,
Mas foste a esperança do meu coração,
Mas foste tudo, foste ódio, foste paixão.

Hoje és apenas uma memória,
Hoje és um fantasma, uma história,
Hoje és tanto, mas nunca uma vitória.

23 de fevereiro de 2010

Raiva de um Coração Despedaçado

Palavras acompanham lágrimas incessantes,
Pautam o seu ritmo, é essa a sua única função,
São só palavras, despidas de todo o significado,
São só palavras, pedra basilar de um abandonado,
Revelam o nada que transparece a imensidão,
Confessam dores através de gritos suplicantes.

E ele, triste e sozinho, eterno apaixonado,
Sem rumo e sem ninguém para o guiar,
Perdido no mundo em que nunca foi amado,
Sem sequer saber se sabe o que é amar,
Ele aqui está, eterno coração despedaçado.

22 de fevereiro de 2010

Motivações

Hoje dei por mim a pensar na razão pela qual escrevia, e não é a primeira vez que isto me acontece. De vez em quando, naquelas alturas em que me custa mais escrever, questiono-me sempre acerca do porquê de continuar a escrever e a escrever, noite atrás noite. É que apesar de ser algo que me acalma, escrever faz-me sofrer. Não que isso seja mau, quer dizer, para mim é essa a função da escrita, é deixar as minhas fraquezas a descoberto, é transparecer dores, é pautar o ritmo de lágrimas. No entanto não seria melhor não escrever e manter todas estas dores camufladas pelo dia-a-dia?
A verdade é que preciso de escrever, preciso de libertar o que sinto. E para isto, para conseguir escrever e transparecer aquilo que quero, preciso de sofrer e, acima de tudo, preciso de sonhar. E para sonhar, para continuar a acreditar, preciso de pessoas. Preciso de olhares, de sorrisos, de palavras. Preciso de ter alguém em quem pensar quando me deito, preciso de ter alguém com quem imaginar cenários utópicos, preciso de…não ser amado. Fará isto algum sentido? Tudo isto, este blogue, estas palavras, os poemas, os sentimentos… Talvez um dia encontre a resposta, talvez esteja destinado a não a encontrar.

Stand By Me

Este é um daqueles vídeos que me faz continuar a acreditar nas pessoas. Surgiu do projecto Playing For Change, um projecto que visa promover a paz no mundo através da música.

21 de fevereiro de 2010

Memórias

"A recordação da alegria já não é alegria; A recordação da tristeza ainda é tristeza." Lord Byron

Força Roubada

A esperança regressa com a tua partida,
Volto a sorrir para a vida, volto a acreditar,
Recupero uma alegria à tanto perdida,
Reencontro aquela força que me fez amar.

Aquela força que de mim tiraste,
Aquela força que tanto precisava,
Aquela força com que me provaste
Que o teu coração não me amava.

Mas eu, iludido por tanta e tão louca paixão,
Não vi aquilo que eras, aquilo que mostravas ser,
Perdi-me em mentiras, sempre o foram, sempre o serão,
E agora aqui estou, sozinho, destinado a sofrer.

20 de fevereiro de 2010

Carta a um amor secreto n.6

Estava sozinho, mergulhado na imensidão das palavras, embalado pelo som da música que ouvia. O mundo em que eu estava naquele momento era o meu mundo, aquele em que nunca ninguém entrou, aquele em que nunca deixei ninguém entrar. E embora houvesse pessoas por perto eu sentia-me de tal maneira isolado que já nem me lembrava de que elas estavam ali, mesmo nas minhas costas. Apenas um vidro nos separava. Podia afirmar, com toda a certeza, que estava feliz. Uma felicidade apenas minha, diferente daquela que normalmente as pessoas sentem. Era uma felicidade estranha, uma felicidade que era mais ausência de dor do que propriamente existência de alegria.

E foi então que, de repente, senti a porta da varanda a abrir-se, mesmo atrás de mim, interrompendo a minha calma, trazendo-me do meu mundo. Inclinei-me para perceber quem tinha causado o meu regresso…e parei. Perante mim estavas tu, com o teu sorriso, com o teu brilho. Pediste desculpa por interromperes, e mesmo antes de eu pensar em alguma coisa para dizer, sentaste-te a meu lado.

Não consegui sequer olhar-te, era demasiado doloroso, era demasiado difícil. Não que eu pensasse em olhar-te. Ainda estava a tentar regressar a mim, ainda estava a tentar pensar em tudo aquilo, ainda estava a tentar acreditar. Ao meu lado tinha a pessoa que mais amava, a pessoa para quem escrevia todas as noites, ao meu lado estavas tu. E eu, desorientado, perdido, calado…estava radiante com a tua presença.

19 de fevereiro de 2010

Balançando

Vagueio sozinho entre ruas abandonadas,
Procurando de mim apagar a tua imagem,
Tento deixar de em ti pensar por momentos,
Acabo por perceber que isso é uma miragem,
Tão fortes recordações jamais serão apagadas.

Mas continuo fingindo que acredito,
Alimentando esta tão grande utopia,
Tentando destruir sentimento infinito
Assim do nada, da noite para o dia.

E assim estou eu, assim está meu coração,
Balançando entre tantas lembranças
Balançando em infundadas esperanças
E assim estou eu, destinado à solidão.

18 de fevereiro de 2010

Piano - Short Film


 Hoje deixo-vos uma curta-metragem que considero simplesmente brilhante.
Interpretem a história à vossa maneira e verão que faz todo o sentido.

Complexidade simples

Cada vez mais é assim que vejo o amor: como uma complexidade simples, algo que de tão elementar se torna na maior das complicações. Afinal, o amor é uma “coisa” tão simples. Não é preciso estudar nem aprender, nem é preciso prepararmo-nos. A vida, por si só, dá-nos tudo aquilo que precisamos para amar: estarmos vivos. Mas nós seres humanos, como sempre fazemos quando nos deparamos com alguma coisa fácil, temos que arranjar maneira de dar mil e uma voltas às coisas até estas parecerem problemas insolúveis. É isso que fazemos com o amor.

Aquilo que me parece difícil no amor é aquilo que o precede, e não aquilo que ele é. Porque a partir do momento em que duas pessoas se amam verdadeiramente, a partir do momento em que duas pessoas têm noção de que fazem parte uma da outra, a partir desse momento nada mais importa, e os obstáculos que surgirem, sejam eles quais forem, serão sempre meras pedras no meio do caminho, que com maior ou menor esforço serão deixadas para trás.

O problema é que essas pedras, quando o amor não é tão verdadeiro quanto deveria ser, se tornam em morros gigantes e inultrapassáveis. Mas aí, até aí, os morros não passam de meros mensageiros de um destino já traçado. Benditas pedras, benditos morros.

17 de fevereiro de 2010

Fortaleza

No distante horizonte te procuro,
Tento, tanto eu tento, chegar a ti,
Quero mostrar-te tudo o que sinto,
Infelizmente o teu lugar não é aqui,
Não o é hoje, nem o será no futuro.

Mas eu continuo procurando-te,
Lutando por tudo ultrapassar,
Fazendo com que estejas mais perto,
Tentando este sentimento honrar,
Seguindo o meu caminho, amando-te.

Alimentado e consumido pela tua beleza,
Empurrado e enfraquecido pelo teu sorriso,
Assim estou eu, preso na tua fortaleza!

12 de fevereiro de 2010

Mãos dadas

"A vida humana acontece só uma vez, e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos são dadas uma primeira, segunda, terceira ou quarta chance para que possamos comparar decisões diferentes." Milan Kundera

8 de fevereiro de 2010

Tempo demais

Preso a um sentimento desesperante,
Parado no tempo sem ter noção,
Desistindo de sorrir, de viver,
Ignorando a realidade e a razão,
Fechado num cubículo sufocante.

Fechado em ti, no teu sorriso,
Trancado pela chave da utopia,
Crendo em habitar o paraíso
E perdendo tudo a cada dia.

O “tudo” que nunca tive nem terei,
Abdiquei dele para te ter a ti,
Porque acreditava que tu eras esse “tudo”,
Acreditei de tal forma no que senti
Que hoje choro e para sempre chorarei.

Lágrimas que derramo por ter falhado,
Lágrimas que alimentam palavras sucessivas,
Lágrimas que se transformam em poesias,
Lágrimas que te devo, por te ter amado.

7 de fevereiro de 2010

Carta a um amor secreto n.5

No momento em que acordei e te vi a meu lado não queria acreditar. Pensava que tudo tinha sido um sonho, pensava que nada daquilo tinha acontecido, pensava que ia acordar sozinho…quer dizer, eu tinha a certeza que ia acordar sozinho. Que sentido fazia tu estares ali a meu lado? Que sentido fazia tudo ter sido real? Que sentido fazia tudo aquilo? Não fazia nenhum sentido, não era sequer imaginável, não podia ser. E ainda estava eu a tentar acreditar quando tu abriste os olhos. Estavas linda, como sempre estás, mas com uma dose extra de naturalidade. Petrifiquei mal me olhaste. O teu olhar tinha aquilo que eu não sabia explicar o que era, aquilo pelo que eu era capaz de dar a minha vida, aquilo que, e agora percebia, me tinha feito apaixonar por ti. E aí estava o que importava: eu tinha-me apaixonado por ti…mas tu não te tinhas apaixonado por mim. Então porque estavas a meu lado? Porque sorrias?

Continuei petrificado, sem saber o que dizer, o que fazer, o que pensar…até que tu te aproximaste e me deste um beijo. Se tudo não parecia já estranho que chegasse, e tu beijaste-me. Um beijo leve, mas que eu senti tanto. E os teus olhos brilhavam. Que raio era aquilo? Nada parecia ser possível, era demasiada perfeição, era demasiada…felicidade. Não podia ser. Mas na manhã seguinte voltei a acordar contigo ao lado, e na seguinte, e na outra. E foi depois de muitas manhãs que finalmente percebi que nada daquilo era real, mas que o poderia ser. Foi depois de muitas manhãs que finalmente compreendi que tu não estavas ali e que era apenas eu a imaginar-te. Foi depois de muitas manhãs que finalmente cheguei à conclusão de que se lutasse e se acreditasse nos meus sonhos, eles podiam-se tornar reais.

Contacto Físico

A minha mão escorrega pelo teu corpo,
Percorre a perfeição que só em ti existe,
Perco-me nos teus recantos, apenas teus,
Sinto que te faço feliz pelo que sorriste,
Mas volto à realidade e o sonho está morto.

Adormeço tentando acreditar que me beijas,
Tanto eu queria que o sonho fosse verdade,
Sei que nunca o será e que nada posso fazer,
Estou destinado a toda esta fatalidade,
Acreditando utopicamente que me desejas.

São contactos sonhados que físicos não serão,
São contactos sonhados que me fazem chorar,
São contactos sonhados que nunca vou abandonar…
São contactos sonhados alimentados pela paixão.

4 de fevereiro de 2010

Fall for You - Secondhand Serenade

1 Ano Depois

“Noites de Utopia” são noites de ilusão, noites de dores e lágrimas, noites de sofrimento e tristeza, noites que estão condenadas a esbarrar na realidade. Mas são noites de esperança, noites de sorrisos e fantasias, noites de alegria e perfeição, noites que serão sempre as grandes responsáveis por eu continuar a acreditar no destino, na felicidade e, acima de tudo, no amor. Estas noites são preenchidas por sentimentos, por emoções, por mágoas de um coração destroçado, por palavras de um eterno apaixonado. Mas no final são estas noites que me preenchem a mim e não eu que as preencho. É essa a sua força.

Este espaço, que num ano já viu passar por si tantas coisas más e boas, é o meu recanto. É aqui que sou quem realmente sou, sem me esconder, sem disfarçar sentimentos. É também aqui que as palavras ganham força e transparecem emoções, é aqui que eternizo aquelas pessoas que são importantes, pois em cada poema, em cada texto e em cada carta, existirá sempre um pouco de todos os que fazem ou fizeram parte da minha vida.

Por isto, e porque “noites de utopia” não seriam sem que essas pessoas existissem, devo um “obrigado” a todos, inclusivé àquelas pessoas que nem sequer sabem que este blogue existe, pois se calhar são essas as mais responsáveis pelo que escrevo.

2 de fevereiro de 2010

Para ti

Hoje vou escrever para ti. Sim, para ti. Deves estar a achar estranho, mas porque não? Todas as noites escrevo para alguém e todas as noites tu lês isso que eu escrevo. E sabes uma coisa? Grande parte das coisas que escrevo são para pessoas que nem sequer me conhecem, e tu, depois de leres tanta coisa, já me conheces tão bem que mereces, mais que ninguém, que te escreva.

Todas as noites quando coloco aqui um post no blogue tenho esperança de que tu vás a correr ver aquilo que postei. Até tenho esperança, imagina só, que aquilo que escreva te deixe a pensar e te faça ver a vida de maneira diferente. Mas sabes qual é a minha maior esperança? É que enquanto estás a ler um poema, um texto ou uma carta o teu coração esteja a bater mais devagar e estejas a sentir aquilo que escrevi. Porque é esse o objectivo da minha escrita: elevar emoções e sentimento em ti.

Okay, eu tenho noção que provavelmente estas esperanças não têm razão de ser. Mas se há coisa que eu já aprendi na vida é que temos que acreditar, porque a vida, tal como o amor, é isso: acreditar. Acreditar em nós, acreditar no destino e acreditar que tudo é possível, mesmo que não o seja. Porque se não é possível na vida real é possível nos sonhos, e às vezes isso é suficiente.

E afinal, para que é que servem os sonhos se não é para isso? Tal como disse António Gedeão: “O sonho comanda a vida.” Serve-te disso.

1 de fevereiro de 2010

Original

Diferente de tudo o que conhecia
Diferente de tudo aquilo que temia
Diferente de tudo aquilo que queria.

Quer dizer, diferente daquilo que pensava querer,
Tinha a essência desconhecida que procurava,
Era essa essência, era tudo o que me podia fazer feliz,
Tinha a essência apaixonante que emanava,
Era a perfeição que eu não poderia perder.

Foi no primeiro momento que se marcou tal destino fatal,
Amar aquela que em nada tinha a ver com o mundo
Amar aquela que nunca me poderia vir a amar,
Amar aquela por lhe ter sentimento tão profundo…
Era mais um homem, entre tantos, que amaria a original.