31 de março de 2010

Vazio da noite

Estou no meu mundo de sonhos e de fantasia,
E nada existe para além de mim, nem um ruído,
Sou só eu e isto, simples e insignificante poesia,
Eu e palavras que me continuam a deixar perdido.

E eu tento, tanto eu tento, dar-lhes significado,
Fazer com que todas juntas formem uma verdade,
Tento eternizar tudo aquilo que foi por mim chorado,
Queria tanto transmitir apenas um pouco de felicidade,
Deixar de ser quem sou, mero ser, mero frustrado,
E morrer tendo a certeza que deixarei saudade.

Mas o vazio da noite corrói-me a esperança,
Dá-me tanto e ao mesmo tempo deixa-me sem nada,
E fico assim, perdido, esquecido, sedento de vingança,
Esperando o fim da noite, bendita madrugada.

29 de março de 2010

Felicidade pura

Tudo o que eu quero é ser feliz, nada mais. Como se fosse pouco pedir felicidade, como se fosse algo banal, algo simples. E na verdade é isso que a felicidade é. Uma mera sensação, um estado de espírito, algo tão, mas tão fácil, que acaba por se tornar complicado. Se me perguntarem se sou feliz não hesitarei: sou. Mesmo que tudo à minha volta desabe, mesmo que perca o pouco que tenho, a minha felicidade está garantida. Porque não preciso de motivos para ser feliz, é algo natural, intuitivo, irreflectido. E ao contrário da tristeza, que tem que ter sempre uma razão, a felicidade é algo que não depende de mais ninguém para além de mim. Está nas minhas mãos ser a pessoa mais feliz do mundo, e eu sei isso, melhor que ninguém.
A vida não corre como queremos? Será sempre assim e sempre assim terá de ser. No entanto tudo o que nos acontece, bom ou mau, tem que acontecer e haverá sempre um lado positivo por pior que seja esse acontecimento. Porque isso a vida dá-nos. Podemos escolher entre vermos as coisas pela positiva, levantar a cabeça e sermos felizes, ou entre achar que tudo nos conduz para o abismo, desistir de lutar e sobreviver.
E embora todos nós passemos por momentos em que não acreditamos na felicidade, mesmo que por vezes nada pareça valer a pena e tudo nos faça baixar os braços, só de nós depende sermos capazes de sorrir, acreditar e de sermos felizes, simplesmente.

28 de março de 2010

Carta a uma amor secreto n.11

Tenho saudades, mesmo sabendo que não as devia ter. Tenho saudades de todos aqueles momentos estranhamente imperfeitos, aqueles momentos em que tudo era inesperado, aqueles momentos que terminavam tão rápido. E tenho saudades de toda aquela sinceridade que nem sequer tenho a certeza que existiu. Tenho saudades daqueles teus sorrisos. Tenho saudades daquele mundo que durou tão pouco. E mesmo não querendo continuo a culpar-te por tudo aquilo, pelo fim antecipado de uma felicidade tão pura, pela morte de um sonho que se tornou real.
E sabes, alcançaste-me. E só tu o conseguiste fazer. Foste alguém com um poder tão grande sobre mim, um poder tão avassalador, que a certa altura podias pedir-me tudo que eu atravessaria meio mundo para te dar o que desejavas. Porque para mim tu eras o mais importante. Não importavam as discussões com quem quer que fosse, não importava mais nada, apenas tu. Mas foram tantos erros. Foram demasiadas dores, demasiadas lágrimas, demasiadas desilusões. Mas nunca, mesmo depois de tudo o que aconteceu, foi demasiado amor. Porque valeu a pena, por cada segundo em que as nossas mãos se tocaram, valeu a pena…

26 de março de 2010

Depois do Adeus

Ficam as lágrimas choradas
Ficam as noites sem dormir
Ficam as memórias apagadas
Fica a mágoa de não sentir,
De não te sentir a meu lado
De não te ter junto a mim
De não ter sido sequer amado
De se ter marcado o fim,
O fim a que estava condenado
O fim que não evitei
O fim que me deixa abandonado
O fim de tudo o que amei.

E depois deste adeus inevitável
Depois do término da utopia
Eis que atinjo a dor indesejável
Eis que esqueço tudo o que sentia.

25 de março de 2010

24 de março de 2010

Eternidade

De olhares envergonhados ficam memórias,
De sorrisos puros e sinceros ficam histórias.

Fica para sempre aquela eternidade,
O instante que terminou sem eu querer,
Fica para sempre aquela brevidade,
O instante que foi pausa no sofrer.

E fica o nada que disso não passou,
Fica a crença que meu coração criou,
Fica o sentimento daquele que chorou
E fica a saudade de tudo o que acabou.

23 de março de 2010

Há dias...

Há dias em que de nada serve escrever, em que de nada serve falar, em que de nada serve lutar. Há dias em que a dor é a maior das sensações, tão maior que abafa tudo o resto, tão maior que destrói qualquer hipótese de sorrir. Há dias em que me sinto num labirinto inultrapassável, dias em que desisto de tudo o que tenho, dias em que só quero desaparecer. Há dias em que tudo me magoa, tudo me causa incuráveis feridas, tudo me faz desejar não estar aqui, neste mundo, nesta realidade. Há dias em que não preciso de ter razões para chorar, não que elas me faltem, mas porque não lhes dou sequer atenção. São dias em que as lágrimas acumuladas são libertadas, uma inevitabilidade com que luto desde o início e à qual acabo sempre por me render. E nesses dias, cada vez mais frequentes, estou sozinho sem mim mesmo, entregue ao sabor do vento, perdido do “eu” que não encontro, isolado do mundo ao qual não pertenço, abandonado por aqueles que não conheço. E nesses dias grito silenciosamente, procurando o socorro que não chega, ansiando pela cura deste cancro que me consome aos poucos. E nesses dias, nesses dias dou-me conta da realidade, baixo os braços e espero…nada mais posso fazer.

22 de março de 2010

Hoje...

Há dias em que a fortaleza que me protege se esbate e deixa cair sobre mim toda a dor que acumulei ao longo dos anos. Hoje é um desses dias... E em dias assim não me vale de nada escrever, porque por mais que tente as palavras que de mim saírem estarão sempre destinadas a ser as palavras erradas...se calhar são-o sempre, mas hoje ainda mais.
Talvez amanhã...

21 de março de 2010

Ela e ele

Ela fecha os olhos, está sozinha e esquecida,
Tenta esconder a raiva a que não resiste,
Vivendo num mundo que lhe não pertence,
Sorri a medo, tenta disfarçar que está triste,
Não sabe o que deve fazer, está perdida.

Ele acorda, mera rotina sem significado,
Não percebe o porquê de continuar a lutar,
Levanta-se sem vontade, ele não queria,
Sabe que no final daquele dia vai chorar,
Repete tudo no dia seguinte, está cansado.

E os dois encontram-se na rua, sem querer,
Olham-se nos olhos, partilham toda a dor,
Esquecem o mundo em que sobrevivem,
Sentem algo forte e estranho, talvez amor,
E sorriem, são felizes, deixam de sofrer.

20 de março de 2010

O poema que eu não escrevi

Aquilo que te devia ter dito e não te disse,
Aquilo que nunca te consegui escrever,
Aquilo que talvez tivesse se te pedisse,
Aquilo que todas as noites me faz sofrer.

São palavras que guardo para mim,
Palavras que não revelo nos meus poemas,
São palavras que guardarei até ao fim,
Palavras que expressam os meus dilemas.

E se eu deixasse de ter este medo,
Se conseguisse mostrar todo o sentimento,
Se deixasse de esconder tamanho segredo,
Talvez acabasse com este sofrimento.

Talvez…

19 de março de 2010

Carta a um amor secreto n.10

A cada noite o sentimento cresce, alimentado por estas palavras, alimentado pela esperança constante na felicidade, alimentado pela tua presença na minha vida. E a cada noite mais importância têm os textos, os poemas e estas cartas, porque é aqui, só aqui, que liberto tudo aquilo que me corrói. Porque afinal é isso que faz o sentimento que nutro por ti, é como um monstro gigante que me devora aos poucos, tirando-me pedaços e fazendo-me sofrer, é como um buraco profundo do qual não consigo sair, é como um túnel infindável que estou condenado a percorrer.
E é isto, são estas palavras, que me dão força para continuar a sorrir, a sofrer e a lutar, por mais que a vida me vire as costas, por mais que a desilusão me assombre. São elas as responsáveis pelas lágrimas que se mantêm presas nos meus olhos e são elas as responsáveis por abafar os gritos de desespero que tantas vezes quero soltar. E por elas, por estas palavras, és tu responsável. A ti devo tudo isto, a raiva que transpareço em cada palavra, a dor que sinto ao escrevê-la e a felicidade, sim, aquela que estas palavras me dão. Uma felicidade falsa, mascarada da descrença e da realidade que me consomem, composta pelo sonho de um dia te ter a meu lado, mera utopia.
Mas por muito utopia que sejas, por mais impossível que a nossa união possa ser, eu continuo a pensar em ti todas as noites. É a ti que vou buscar a inspiração, as memórias e as emoções que mais tarde, quando já não fizer parte da tua vida, vou recordar com as lágrimas a escorrem-me pelo rosto e gritando desesperado pelo que a vida me deu e depois, sem piedade, me tirou.

18 de março de 2010

Tempo de espera

Sentado no deserto, perdido,
Esperando a tua chegada junto a mim,
Sentado no deserto, esquecido,
Escrevendo dores eternas, assim,
Sentado no deserto, traído,
Desejando que chegue o fim.

O fim da espera em que vivo,
O fim das lágrimas que choro,
O fim deste estado depressivo,
O fim que todas as noites imploro.

Mas a cada olhar o fim afasta-se,
A ilusão cresce com cada sorriso teu,
O sonho de te ter ultrapassa-me
E eu sofro, sofrimento apenas meu.

17 de março de 2010

Fim da vida


"Todos morremos. O objectivo não é vivermos para sempre. O objectivo é criarmos algo que viverá eternamente." Chuck Palahniuk

16 de março de 2010

Arrepios

Um calafrio percorre-me o corpo
Fico sem saber o que fazer
Perco-me no meu próprio ser
Apenas quero desaparecer
Querendo continuar ali
Querendo continuar-te a ver
Um sorriso triste não consigo conter
E as lágrimas começam a escorrer.

Tudo graças à tua presença
Que provoca tamanha descrença
De que um dia juntos vamos estar
De que um dia me vais amar.

Mas mesmo assim quero-te na minha vida
Mesmo que isso apenas me faça chorar
Mesmo sabendo que serás sempre uma ferida
Um sofrimento constante que nunca vai acabar.

15 de março de 2010

Gostava

Gostava, tanto eu gostava, de não te querer,
De não te procurar a todo o momento, sem cessar,
Gostava, tanto eu gostava, de te esquecer,
Apagando de mim toda a dor de te amar,
E gostava, tanto eu gostava, de não mais sofrer,
Mas esse sofrimento sei que nunca irei largar.

Gostava que me olhasses a sorrir,
Gostava que me falasses sem eu pedir,
Gostava de a tua amizade poder sentir.

A verdade é que tudo o que eu gostava,
Tudo aquilo que eu tanto queria que acontecesse,
Tudo isso não passa de um sonho impossível,
Um sonho que talvez morrer devesse,
O sonho meu, o sonho de quem te amava.

Carta a um amor secreto n.9

Palavras, apenas palavras, no entanto são algo com tanta força, com tanto significado, com tanta sinceridade. Mas eu sei, são só palavras, meros conjuntos de letras, disso não passam. E tanto eu queria que passassem desse pouco que no final nada é, tanto eu queria que estas palavras, estas que agora escrevo, fossem capazes de se distinguir de todas as outras, fossem capazes de ultrapassar os seus limites, fossem capazes de se tornar memoráveis, épicas, eternas. Mas não são, por mais que eu lute, por mais que me esforce. Porque há batalhas que estou destinado a não ganhar, e esta é uma delas.
Mas mesmo assim, mesmo sabendo que todo o meu suor, todas as minhas lágrimas e todos os meus gritos jamais me conduzirão à vitória não deixo de lutar. E esta luta que sempre fará parte da minha vida enfrento-a todas as noites. Quando penso em ti, quando penso na impossibilidade de te ter a meu lado, quando adormeço sozinho sabendo que não sou lembrado. E aí sofro, chorando e suplicando por alguma felicidade, chorando e suplicando pelo teu amor. Não o tenho, nunca o terei. No entanto não é isso que me irá fazer baixar os braços, não é isso que me irá fazer deixar de sorrir a cada dia, não é isso que me irá fazer desistir de tentar provocar um sorriso em todas as pessoas ao meu redor, por mais que isso se traduza em sofrimento. É um sofrimento insignificante. É um sofrimento apenas meu.

14 de março de 2010

Estradas

Tantos motivos para sorrir,
Tantos sentimentos a emergir,
Tantos pensamentos a fluir.

E apenas um caminho para seguir,
Um só destino para tão dura viagem,
E apenas uma fatalidade para cumprir,
Um só final para esta vida, mera miragem.

E assim se perde toda a possível felicidade,
Esquecem-se as emoções e os sentimentos,
E assim se encontra toda a impiedosa realidade,
Desaparecem os sorrisos, ficam ferimentos,
E assim se revelam os segredos, a verdade,
Vão-se todas as ilusões, todos os momentos.

13 de março de 2010

Signs - Short Film

Já aqui postei este vídeo mas decidi "recuperá-lo" por continuar a achar que é das melhores curtas já feita.

11 de março de 2010

Acordado

Lágrimas escorrem por uma face ferida,
Marcam os trilhos já percorridos pela dor,
Recordam histórias de ódio e de amor,
Provocam palavras gritadas com fervor,
Corroem uma alma para sempre perdida.

São lágrimas de sangue que não param,
São gritos de um coração morto à partida,
São súplicas de uma criatura esquecida,
São golpes profundos que não saram.

E ele sofre mas mantém-se acordado,
Não fecha os olhos com medo de morrer,
Sabe que o pouco que tem irá perder,
Tem noção que sempre irá sofrer,
Mas mesmo assim não quer ser ajudado.

10 de março de 2010

Sorrisos

Um sorriso, apenas e só um sorriso, vale mais que todas as palavras do mundo, vale mais que todo o dinheiro, que toda a fortuna. Porque um sorriso, quando sincero, tem essa força. É capaz de virar um mundo do avesso, é capaz de dar sentido a uma vida perdida desde o início e, acima de tudo, é capaz de se propagar a todos em redor. E se tu sorrisses, sim tu, tudo seria melhor. A tua vida, a minha, a de todos os outros. E nem custa nada, por muito que a vida te dê razões para chorar em vez de te dar motivos para sorrir, depende só de ti contribuir para um mundo em que as pessoas possam ser mais felizes, uma vida que vale a pena viver.
E se não acreditas experimenta. Sê feliz, nem que seja apenas por um dia. Sorri naturalmente. Verás que o teu dia será mais valioso e que vale a pena ser feliz, porque vale mesmo.

9 de março de 2010

Perdão


"O coração de uma mãe é um abismo profundo em que no fundo sempre se encontra o perdão." Baltasar Gracián

8 de março de 2010

Silêncio das minhas palavras

Palavras que de nada servem escrevo
Conheço a sua fraqueza e insignificância
Magoo-me a mim mesmo ao escrevê-las
Mas só assim liberto toda esta ânsia
Em te dar tudo aquilo que te devo.

Porque a ti devo este meu sorriso
A felicidade que todos os dias finjo
As lágrimas que não escorrem
A dor que a mim próprio impinjo
O pesadelo que tornaste em paraíso.

E um dia quando deixar de escrever
Quando baixar os braços e deixar de acreditar
Nesse dia vou ter apenas estes textos
Meros gritos silenciosos que sem nada significar
Alimentaram utopias, fazendo-me sofrer.

7 de março de 2010

Dia do adeus

Chegou o dia, chegou o momento,
Em que tudo sou obrigado a esquecer,
Chegou o dia, partiu o sentimento,
Aquele que por ti nutria sem querer.

Marca-se o fim de uma longa jornada,
Cessam as lágrimas que em mim escorriam,
Termina uma história desde o início acabada,
E os meus lábios voltam a sorrir como sorriam.

E invento poesias neste dia do adeus,
Recordando para sempre aquela que me esqueceu,
E apagando todos os sonhos utópicos, erros meus.

6 de março de 2010

"I Want More Time"

Hoje deixo-vos um anúncio sobre a brevidade da vida. Espero que gostem.

5 de março de 2010

Carta a uma amor secreto n.8

Uma memória, uma simples e mera memória, presa entre dois mundos, presa entre duas dimensões. Algo que faz parte da realidade ao mesmo tempo que faz parte da fantasia, algo com tanto significado e ao mesmo sem qualquer sentido. És isso, e é assim, só assim, que te consigo descrever. Porque tu és alguém que ultrapassa tudo aquilo que conheço. Porque tu és alguém que vai muito para além de tudo aquilo que compreendo. Porque tu és assim, inatingível, intocável, incompreensível. E é por isso, é por seres quem és como és, que és diferente, não sei se para melhor, não sei se para pior, mas és diferente.
Eu sei que não passas de alguém que concebi para mim, alguém que não existe da maneira como eu sonho, alguém que traduz todas as minhas utopias, todos os meus desejos, todos os meus medos. Mas em tudo o que me deste, aquele tudo que nem sabes que existiu, tenho a certeza de que tirei um pouco daquilo que realmente és. E hoje, passada tanta coisa, eu sou um pouco de ti. E amanhã, quando tudo já for passado, eu continuarei a dever-te aquilo que sou, aquilo em que me tornei. Porque em cada palavra, em cada texto e poema, em cada sorriso e lágrima, existirá sempre a recordação daquele alguém que com um sorriso, apenas um sorriso, mudou um mundo, mudou uma vida. Obrigado.

4 de março de 2010

Dias Cinzentos

O nevoeiro paira sem cessar,
Esconde rostos cheios de maldade,
Esbate corpos marcados pela fatalidade,
Mergulha os seres desesperados de verdade,
Mata tudo e todos, tem que matar.

E sorrisos perdem-se para sempre,
Lágrimas tomam conta deste universo,
A tristeza consome os corpos, já mortos,
Corpos que queriam felicidade e têm o inverso,
Numa sociedade podre desde seu ventre.

Mas a esperança mantém-se intocável
Naqueles que da vida tudo sabem sem saber,
Mas a esperança mantém-se imensurável
Nos poetas, esses que nunca a irão perder.

3 de março de 2010

Vidas

A vida será sempre um mistério. Terá sempre a capacidade de nos dar aquela força de que precisamos para seguir em frente, assim como terá sempre a capacidade de nos tirar tudo o que temos, tudo aquilo a que damos valor, e nos deixar abandonados na desilusão. Mas é assim a vida, assim sempre será. Por muito que façamos para que tudo seja como nós queremos, por muito que lutemos para alcançar os nossos objectivos, aparecerão sempre obstáculos, acontecerão sempre imprevistos e, invariavelmente, acabaremos a derramar lágrimas por aquilo que acreditávamos possuir, por aquilo que pensávamos ter como certo.
Mas a vida, por muito injusta que seja, por muito que nos magoe e nos leve a desistir de tudo, dar-nos-á sempre alegrias. Nem que sejam as coisas mais simples. Porque nem tudo tem de ser grandioso para ser memorável. A mim deu-me isto, a escrita. Se é pouco? Se é muito? Não sei. Só sei que, sendo pouco ou muito, a escrita já foi para mim muito mais do que aquilo que eu merecia que ela fosse. E espero que o continue a ser.

2 de março de 2010

Atenções

Olhares são puxados na tua direcção,
Recolhes todos eles, é o teu dia-a-dia,
Estás habituada a ter toda a atenção,
Estás habituada a ser tudo o que queria,
Tudo o que peço, a minha enorme paixão,
Porque afinal eras tudo o que eu pedia,
Enquanto chorava, gritava e sofria.

E continuas a ser esse tudo, uma utopia,
Sempre o serás, assim está destinado,
Mesmo que eu tenha deixado de sorrir, como sorria,
Consequência inevitável de amar e não ser amado.

Mas um dia voltarei a sorrir,
Mesmo sozinho, mesmo sem te ter,
No entanto não passará de um sorriso falso,
Um sorriso de alguém que sempre irá sofrer.

1 de março de 2010

Super Blog Awards

Encontra-se em votação até dia 24 de Março a iniciativa “Super Blog Awards” promovida pela Super Bock e que visa premiar os melhores blogues portugueses, entre várias categorias.
O “Noites de Utopia” concorre na categoria de Cultura e Lazer, sendo que podem votar clicando aqui, no entanto para ter o direito de voto é necessário estar inscrito no site da Super Bock.
Não vos peço votos, quanto mais não seja porque o meu único objectivo quando concorri com o “Noites de Utopia” foi dar visibilidade ao blogue e não parti com quaisquer intenções de vencer a categoria, no entanto aqui fica o apontamento.

Peço-te

Liberta-me do teu sorriso,
Apaga de mim a tua beleza,
Faz-me esquecer a tua perfeição,
Tira-me aquilo que mais preciso,
Afasta de mim toda a tristeza,
Faz-me esquecer esta paixão.

Seca-me estas lágrimas
Que pelo meu rosto vão descendo,
São elas que alimentam o amor
Que a cada noite vai crescendo.

Amor que sinto, por ele padeço,
Eu, que nem sequer te conheço,
Amor que sinto e que não mereço…
Ajuda-me a esquecer-te, isso te peço.