24 de julho de 2009

Fruto proibido

Desejo incessante
Força desconcertante
Beleza deslumbrante.

És aquilo que todos desejam,
Aquilo que todos conduz à dor,
És aquela miragem constante,
Aquilo que em todos cria amor,
És aquilo que os todos invejam.

Fruto proibido de jardim algum,
Fruto proibido jamais alcançado
Fruto proibido sempre sonhado
Fruto proibido por todos amado…
Fruto proibido…fruto nenhum.

21 de julho de 2009

Nota de autor (mais uma...esta é definitiva)

O anunciar da criação de uma nova secção neste blogue, de nome: "Reflectindo...", traduziu-se num acto apressado e irreflectido, pelo que tal componente não será acrescentado ao "Noites de Utopia".

Por sua vez decidi avançar com um projecto antigo mas que nunca tinha tido coragem de "lançar". Trata-se de uma nova secção que será dedicada a textos em prosa, essencialmente contos, por mim escritos. Esta nova secção terá actualização quinzenal e os temas serão variados.

Postei já a primeira história/conto (peço desde já desculpa pelo tamanho do post...).

Espero que gostem!

Amor eterno

Rodrigo e Joana eram um casal feliz e apaixonado. Estavam juntos há quase 5 anos e em todos aqueles anos as discussões sérias e preocupantes podiam contar-se com os dedos de uma só mão. Tinham aquilo que qualquer um quer ter. Amavam-se da mesma maneira, demonstravam-no diariamente e apoiavam-se incansavelmente. Eram a prova de que a perfeição existe, uma perfeição criada por eles para eles, e uma perfeição que fazia qualquer um afirmar que tinham sido feitos um para o outro.
Por tudo isto foi sem surpresas que Rodrigo pediu em casamento à sua amada. Naquele momento, em que ele estava ajoelhado perante Joana e lhe fazia o pedido, ela não precisava de responder. Bastava olhá-la nos olhos para perceber a sua resposta. Era o formalizar de uma relação cuja continuidade nunca havia ter estado em causa, uma continuidade marcada ainda mais fortemente pelo compromisso.

Hoje fazem 10 anos daquele pedido. Joana está prostrada na pedra fria de mármore, chorando ao mesmo tempo que sorri. Sabe que Rodrigo, sua eterna paixão, quereria que ela ultrapassasse a dor e sorrisse como sempre fez quando esteve com ele. No entanto as lágrimas são inevitáveis. O aniversário daquele momento, um dos mais marcantes da sua vida, surge aliado ao desastre de há cerca 8 anos atrás.
 
Chovia torrencialmente mas Rodrigo não pensava no perigo que enfrentava. Acabava de saber que Joana entrara em trabalho de parto e ele não estava lá. O sentimento de culpa por estar ausente no nascimento da filha corroía-lhe a mente ao mesmo tempo em que a felicidade por ser pai o alegrava. Queria estar com a sua mulher. Tinha que estar com ela. E por isso pisava o acelerador como se daquilo dependesse a sua vida. E foi então que, num momento, Rodrigo perdeu o controlo do carro, embateu nos raids laterais e foi colhido por um camião que vinha no sentido oposto. A morte foi imediata.
 
Passados pouco mais de 8 anos Joana recorda o marido de quem ainda tem saudades, acompanhada da sua filha, de nome Sara. Não tinha voltado a casar, e a meia dúzia de saídas com homens só a levaram a sentir que Rodrigo era o único homem que tinha amado. Por isso, porque o sentimento era de tal maneira forte que nada o fez esquecer, Joana tinha-se habituado à ausência do marido, mas mesmo assim eram muitas as noites em que acordava ao pensar tocá-lo.
 
Rodrigo e Joana foram separados pela morte, mas nem essa força inigualável foi capaz de apagar a perfeição e a magia que existiu até à sua chegada. A filha deles, Sara, sentiria tal como sua mãe a ausência do pai, tornando-o o seu herói e o seu modelo. Ele estaria eternamente na memória e no coração de Joana e da filha de ambos, provando que nada, mesmo nada, pode acabar com o amor verdadeiro entre duas pessoas.

20 de julho de 2009

18 de julho de 2009

Children see. Children do.

Instante

Parei na estrada,
Tentei-a encontrar,
Vi-a do outro lado,
Tentei-a alcançar,
Percebi que a amava,
Tinha de a abraçar,
Estava cansado
De sempre chorar.

Aproximei-me sem hesitar,
Caminhei na sua direcção,
Parei para a contemplar
Sentia o bater do seu coração.

E foi então que lhe toquei,
E foi então que tudo mudou,
Uma vida de dor abandonei,
Uma vida de sonho começou!

17 de julho de 2009

16 de julho de 2009

Tempestade

Atingido por uma tempestade de sonhos perdidos,
Derrubado pela realidade de uma vida de sofrimento,
O rapaz chora, só, como sempre fez e sempre fará,
Ele sabe que a felicidade o atingirá a qualquer momento
Mas queria senti-la já e esquecer todos os males sofridos.

Mas tal não irá acontecer, não agora, não podia ser,
Porque ele tem que continuar como sempre esteve,
Tem que continuar com o calvário eterno de sofrer
Até poder libertar todos os gritos que em si conteve
Mostrando sentimentos que nunca quis perder.

Será nesse dia que a tempestade se dissipará
Deixando a descoberto um rapaz melhor
Um rapaz que merece sorrir e ser feliz,
Deixando a descoberto cicatrizes de dor
E revelando aquele que nunca mudará!

9 de julho de 2009

3 de julho de 2009

Insónias

O céu, ainda há pouco repleto de escuridão,
É agora consumido pelo suave amanhecer,
Acompanhei, mesmo não querendo, a sua chegada,
Contei pacientemente todos os segundos,
Ansiando que com isso iria adormecer
E iria sonhar, conquistando a perfeição.

Mas sabia que tal não iria acontecer…
Seria só mais uma noite passada sem os olhos fechar,
Mais uma noite em que me perdi no horizonte,
Mais uma noite em que a dor não consegui evitar,
Seria só mais uma noite em que teria de sofrer.

E sofri, como sempre fiz, como sempre farei,
Sabendo que nada fará o meu sorriso desaparecer,
Sabendo que nunca esta dor me fará deixar de lutar,
Sabendo que não tendo aquilo que quero ter,
Tive tudo o que mereci, tudo o que desperdicei.

2 de julho de 2009

Nota do autor

A pouca inspiração que tenho tido nos últimos tempos levou a que as actualizações a este blogue se tornassem cada vez mais escassas. Por tal facto, e por achar que poderei enriquecer o “Noites de Utopia”, decidi que está na altura de inserir novos conteúdos, ou seja, irei reformular novamente este espaço, embora que as alterações sejam mínimas.

Em primeiro lugar, o “Vídeo da Semana” apresentado na barra lateral deixará de existir. Em sua substituição, e visto que todos os vídeos que inseri eram musicais, colocarei uma playlist com várias músicas, cuja actualização será regular.

Surgirá também uma nova secção, denominada “Vale a pena ver”, que consistirá num vídeo. Esta nova secção será actualizada todas as quintas-feiras (a partir da próxima). Aliada a esta surgirá outra secção, composta por uma imagem e cujo nome será “Imagem da semana”. Esta será actualizada todas as segundas-feiras (a partir da próxima).

E é tudo... Espero que continuem a visitar o “Noites de Utopia” e que estes novos conteúdos sejam do vosso agrado.
O autor:
Daniel Paiva