7 de setembro de 2010

Shiu

Ela aproxima-se sem se fazer ouvir,
Caminha suavemente, parece flutuar,
Os seus olhos brilham mais a cada passo,
O seu sorriso não tem ao que se comparar,
E ela aproxima-se enquanto ele parece dormir.

O seu bebé, aquele que ela própria originou,
É o tudo que ela nunca conseguiu ter,
E ali está ele deitado no seu berço,
Parece tão frágil, tão predisposto a sofrer,
Mas ela ama-o como nunca alguém amou.

Amanhã ele será já um rapaz crescido,
Mas ela continuará a amá-lo como até então,
Ele agradecer-lhe-á para sempre tudo o que ela fez,
Sentirá por ela algo tão forte que não lhe caberá no coração,
E um dia, quando ela partir, ele ficará perdido
Sabendo que foi abençoado com a melhor de todas as mães.

Sem comentários: