13 de setembro de 2010

Carta a um Amor Secreto n.1

Tentei parar de te escrever, não por deixar de te amar, não por deixar de ver em ti a mais perfeita de todas as criaturas. Parei, provocando a queda das últimas lágrimas que meus olhos ainda amparavam, esperançado de que o silêncio iria ser quebrado por ti, esperançado de que tu lerias as minhas palavras e a mim te dirigisses com um sorriso, com aquele teu sorriso. Tal não aconteceu, nunca poderia ter acontecido. Foi apenas mais uma utopia a juntar a tantas que criei contigo no pensamento, mais uma que nunca passou disso mesmo. E hoje, passada uma eternidade tão curta, não evito escrever-te novamente, regressando ao meu mundo em que uma nostalgia falsa paira sobre mim fazendo-me ter saudades daquilo que eu próprio esqueci.
E eu sei que isto são apenas cartas, são apenas pedaços de papel que com o tempo perderão clareza, acabando por morrer no esquecimento, se é que alguma vez dele saíram. Mas eu gostava tanto de acreditar que estas palavras, estas que não consigo parar de libertar, são capazes de te tocar, revelando-te a grandeza da minha paixão. Talvez não sejam, afinal não passam de palavras, meras palavras…

Sem comentários: