29 de setembro de 2010

Carta a um Amor Secreto n.3

Com o mesmo poder com que te criei e fiz de ti a mais perfeita de todas as criaturas, hoje destruo-te. Destruo aquilo que tu nunca foste, aquilo que inventei para conseguir sonhar, para conseguir adormecer, para conseguir acordar. E não te guardo rancor…não tenho sequer motivos para isso. Iluminaste as minhas noites escuras e fizeste-me acreditar no impossível. Só tenho que te agradecer, agradecer-te pelo que nunca fizeste, agradecer-te por não nutrires por mim qualquer sentimento. Sim, porque eu seria incapaz de algum dia te fazer feliz, sou demasiado imperfeito para tal…e se pudesse mudar por ti, se pudesse deixar de ser quem sou e ser outro alguém que tu pudesses vir a amar…eu não o faria. Nunca o teu amor poderia atingir a grandeza que o meu possui.
Escrevi-te muitas cartas, talvez demasiadas, para te provar aquilo que sentia. Hoje tenho total certeza que fiz tudo para to mostrar e sinto que cumpri a minha missão. Fiz-te sentir especial, não tenho qualquer dúvida disso, e só por esse facto valeu a pena derramar as lágrimas que derramei. Nunca me agradecerás, sei-o bem, mas valeu a pena, por saber que um dia sorriste por leres o que te escrevia, por um dia te teres sentido honrada.

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