12 de setembro de 2010

Destino

Gostava de ser sempre aquele rapaz alegre que acredita que consegue fazer felizes as pessoas à sua volta, se gostava. Não o sou, por mais que tente fazê-lo. Acabo sempre por me afundar nas minhas incertezas, por destruir aquilo que tenho, por perseguir o sofrimento até o alcançar. Tudo isto leva-me tantas vezes a pensar no porquê de toda a luta, se no fim irei sempre voltar ao mesmo, retomando o meu ciclo que invariavelmente se inicia e termina com dor. Sei melhor que ninguém que o único culpado sou eu, mas nesses momentos de dor dou por mim a odiar as pessoas, todas as que me rodeiam, por elas serem como são ou por elas não serem o que eu em tempos julguei. Mas afinal que mal as pessoas me fizeram para eu as odiar? É essa a pergunta que tanto a mim coloco e para a qual nunca encontrei resposta. Odeio-as pelo simples facto de as odiar ou talvez para não me ter que odiar a mim.
Acabo por concluir que talvez tenha sido feito para isto, para viver isolado escrevendo mágoas e dores que eu próprio criei para mim. Maldito destino o meu.

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