30 de setembro de 2010

Estranha

Precisei de amar com todo o meu ser,
Precisei de alguém para quem escrever,
Precisei de alguém por quem sofrer.

E foi então que uma estranha surgiu,
Não sei como ela era, nunca lhe conheci feições,
Apenas sei que ela foi a resposta às minhas preces,
Veio acabar com as minhas constantes indecisões,
Veio completar o poema de que o poeta desistiu.

Essa estranha rapariga de quem não tenho recordação,
Acabou por desaparecer sem sequer avisar,
Mas a verdade é que cumpriu a sua missão,
E ao na minha insignificante vida entrar
Ressuscitou um “eu” adormecido, ressuscitou um coração.

A ela, estranha ignorante da sua dimensão
Fica um “obrigado” daquele que está condenado à solidão.

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