24 de outubro de 2010

Trilhos Silenciosos

Em ruas escuras caminho,
Mal imaginando meu destino,
Chorando e gritando sozinho.

Ruas isoladas que apenas eu percorro,
Fantasmas que me assustam sem piedade,
Ruas perdidas em que eu morro,
Fantasmas que se alimentam da verdade.
Verdade que a cada palavra liberto,
Verdade que cada vez mais me sufoca,
Verdade que apenas existe neste meu deserto,
Verdade que invariavelmente te evoca.

Mas um dia as palavras cessarão,
Assim como a dor que me consome,
Nesse dia muitos recordarão
Tudo o que fiz em teu nome…
Excepto tu…

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