6 de outubro de 2010

Carta a um Amor Secreto n.4

Hoje escrevo-te enquanto ouço repetidamente a mesma canção. Não sei o porquê desta necessidade repentina de ouvir estas palavras, estes acordes, esta voz. Parece que de repente esta canção ganhou um significado tão grande que não consigo parar de a ouvir. Cada frase parece ter tanto sentido, tanta força, tanta paixão. Talvez assim seja porque gostava de ter sido eu a escrevê-la contigo no pensamento, gostava que esta música fosse a minha mensagem para ti, em vez desta carta, mais uma de tantas que serão esquecidas.
Mas afinal de que me serviria? Seria apenas uma música a juntar às dezenas de poemas, textos e cartas que te escrevi. Será que faria alguma diferença? Será que iria mudar alguma coisa? Não tenho resposta para estas perguntas mas infelizmente acho que adivinharia o “não” de tão lógico que é. A verdade é que a cada dia que passa sinto as minhas já escassas esperanças a desaparecerem por entre encontros sonhados em que baixo a cabeça.
Amanhã aqui estará a música, à espera que a ouças, à espera que a sintas, à espera de ti…

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