4 de maio de 2010

Julgamento

Numa sala de olhares acusadores
Sou observado sem cessar
E são eles, meros fingidores,
São eles que me ousam julgar,
São aqueles que se acham senhores
Esses que apenas sabem falar,
São esses, tamanhos traidores,
Aqueles que comigo vão acabar.

Inevitável destino era este,
O de terminar a ser aqui julgado
Pelo que nunca fui capaz de fazer,
Eu que sempre fui acobardado
Pela incontrolável força do temer.

E hoje é lida a minha sentença,
E para que a dor seja ainda mais imensa
Cá estou eu, essencial e frouxa presença.

1 comentário:

margarida disse...

nao deixes que esses olhares te intimidem.ning é mais do que nós;)