12 de maio de 2010

Carta a um amor secreto n.18

Queria morrer de amor. Sim eu sei, é uma frase muito forte para começar uma carta, mas é a mais pura das verdades. E concluí isso hoje, ao olhar para ti, ao ouvir a tua voz, ao admirar a tua perfeição. Concluí que nada nesta vida pode algum dia significar mais do que aquilo que tu significas, por seres única, por à tua volta existir uma espécie de aura que te diviniza e me faz olhar para ti como se estivesse perante um anjo. E talvez seja por isso, por seres tanto e eu ser tão pouco, que não posso ambicionar um futuro a teu lado. E talvez eu seja apenas mais um a juntar aos tantos que já se apaixonaram por ti e se viram assim, como eu estou agora, lavado em lágrimas por não conseguir lutar contra a força do que sinto.
Mas hoje decidi que não quero lutar, mesmo que algum dia tenha essa possibilidade, não quero lutar contra algo tão imenso, algum tão forte, algo tão inacreditável. Prefiro ditar a minha sentença e morrer, matando-me aos poucos, matando-me a cada palavra que te escrevo, matando-me a cada sonho em que tu surges. E nesta minha morte vou caminhar com um sorriso, por saber que toda a dor, todos os gritos, todas as feridas, são para te honrar, são para te mostrar que tu, sim tu, és aquela pela qual estou disposto a morrer, morrer de amor.

2 comentários:

Anónimo disse...

sem comentários...
os sentimentos ao ler esta carta, vêm todos ao de cima...todos....!!!!
bjos

margarida disse...

o comentário é meu ...
esqueci-me de assinar