10 de abril de 2010

Sedento

E a raiva ergue-se sobre todo o sentimento
Consome tudo, apaga as poucas memórias,
Destrói os sonhos que criaram as histórias
E marca um destino cruel: o sofrimento.

E apenas um inconcebível desejo permanece,
Uma sede de vingança que aos poucos mata,
Nada mais é lembrado, nada mais resta,
Só aquela essência que o torna psicopata,
É consequência da dor que ele não esquece.

E o momento da vingança que se aproxima
Será o momento em que aquela vida termina,
O instante em que a raiva vai ser libertada
E aquela alma irá partir como chegou, sem nada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Poxa mano, que profundo....
MANA