19 de abril de 2010

Carta a um amor secreto n.14

Tanto para dizer, tantas emoções, tantos sentimentos, tantas verdades. Gostava de ser capaz de revelar tudo através disto, de conseguir colocar em palavras tudo o que me consome, de me conseguir libertar deste aperto no peito que teima em não desaparecer. Mas as palavras não são solução para todos os meus males, embora o sejam para grande parte deles, e eu sei, melhor que ninguém, que grande parte das palavras que escrevo não deveria escrever, porque isto, os textos, as cartas e os poemas, são apenas uma forma de atenuar a mágoa que sinto em não ser capaz de te demonstrar tudo sem rodeios.
No entanto continuo a dizer tudo sem utilizar a voz, sem estar sujeito ao desabar do sonho que tu poderias provocar, sem sequer saber o que pensas disto, se é que sabes que isto existe. É a minha forma de fugir à realidade e alimentar a utopia e é a minha forma de te eternizar como uma história inacabada, porque neste caso nenhum final poderá ser melhor que aquilo que hoje tenho: liberdade para sonhar contigo, para me imaginar a teu lado e para mostrar ao mundo o quão especial és. E isso, mais do que qualquer outra coisa no mundo, é aquilo que me faz adormecer com um sorriso…leve e triste, mas um sorriso.

1 comentário:

margarida disse...

nada melhor do que as tuas proprias palavras...
as palavras sao tudo...nao basta apenas gestos, nem a escrita para mostrar realmente o que sentes...!!!