12 de janeiro de 2010

Sem saber*

Acordo sem saber o que me passa pela cabeça
Sem saber se devo sorrir, chorar ou voltar a adormecer,
Às vezes queria isso, adormecer, não acordar mais,
Evitava tanta dor, tanto sofrimento, tantas coisas más,
Evitava também alegrias, é certo, mas para quê ser feliz?

Para quê ser feliz quando não tenho o que mais quero?
Para quê ser feliz quando na realidade sinto o mundo a desabar?
Para quê ser feliz quando a verdade é que mereço sofrer?

Questiono o mundo em que vivo, tudo o que vejo, tudo o que sinto,
Não sei já o que é real e o que não passa de um mero pesadelo,
Se tudo fosse pesadelo queria acordar, quer dizer, quereria?
Nada sei, nunca soube, nem sequer quero saber…para quê?
Deixar o mundo que tenho e esperar por felicidade? Felicidade pura?
Eu sei que é ilusão, mas tudo na minha vida o é…sempre o foi.

*Primeiro poema que escrevo sem rimas. Afinal, poesia não se trata de rimar.

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