23 de janeiro de 2010

Carta a um amor secreto n.3

Passei toda a minha vida a esconder os meus sentimentos, os meus medos e os meus sonhos. Achava que tinha de ser assim. Achava que se mostrasse quem realmente era seria engolido pelo mundo. E talvez tivesse razão. O mundo em que vivo não está preparado para palavras sinceras constantes, não está preparado para realismo nem para verdade. Mas com a máscara que criei para mim, a máscara com que escondi todas as características que fazem de mim diferente, tornei-me vulgar. Tornei-me em mais um, em vez de me tornar num a mais. Sufoquei tudo o que tinha de puro, tudo o que valia a pena.
Até que tu apareceste. É incrível como uma pessoa pode ser tão importante, tão determinante e provocar tanta mudança, sem sequer se aperceber. Foi o que aconteceu contigo. Não precisaste de me dizer uma palavra nem de me lançar um olhar, não era preciso. Bastou o teu sorriso e tudo mudou. O mundo que conhecia deixou de fazer sentido e as poucas certezas que tinha deixaram de o ser. Apercebi-me que só estava a contribuir para a minha deterioração. Apercebi-me que a vida era bem mais do que aquilo que eu pensava.
 E agora estou sozinho, perdido no sonho que não passa disso mesmo, preso à utopia que tu representas. E estou esquecido, se é que alguma vez fui lembrado. Mas sabes, estou feliz. Feliz por ter mudado, por ter crescido, por ter lutado…feliz por te ter conhecido.


1 comentário:

Anónimo disse...

isot tá brutal, man!

cutro o teu blog, a tua personalidade deixa me ver aquilo que eu sou... eu olho para os teus textos e vejo um espelho, onde a minha alma aparece espelhada, e os sentimentos são cada traço da minha personalidade...

bem já estou a divagar...

o que interessa é que curti, continua assim!

abraço!

cláudio costa! ;)