31 de janeiro de 2010

Carta a um amor secreto n.4

Quis chorar, tanto eu quis. Quis libertar todas as minhas dores e remorsos de uma só vez. Quis esquecer tudo o que tinha acontecido. Quis virar as costas e seguir em frente, sem sequer olhar para trás. Mas não consegui. Tal como não consegui parar de olhar para ti, tal como não consegui deixar de adormecer a pensar em ti, tal como não consegui esquecer o que sentia e fazer com que tu deixasses de fazer parte do meu mundo. E depois de tantas tentativas, depois de tantas noites em que me mentalizei que iria deixar de sonhar, consegui, por momentos, acreditar que finalmente te iria ultrapassar. Mera ilusão. Foi então que entendi que precisava de ti, mesmo que longe, para continuar a viver… Tu eras o meu mundo.

E quando finalmente me apercebi disto pensei, mergulhei-me em reflexões, e tentei perceber se te tinha mostrado o que sentia. Tentei perceber se tudo o que tinha feito te tinha mostrado o quão especial eras. Tentei perceber se tudo o que tinha feito significava algo para ti. Mas nada concluí, excepto que tu eras diferente de todas as outras raparigas, excepto que tu eras a primeira rapariga que eu, por mais que me esforçasse, não compreendia. Eras aquela que eu tinha procurado e que nunca tinha encontrado. Eras aquela que, lutasse eu o que lutasse, nunca teria nos braços. Eras aquela…

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