4 de abril de 2015

Mata-me e faz-me viver

"Por ninguém neste mundo merecer mais que tu.
Por seres a melhor mãe do mundo.
Todos os meus sucessos, tudo o que puder vir a alcançar na minha vida, será sempre por ti.
Amo-te Mãe."

Quando escrevi a minha tese de mestrado, foi esta a dedicatória que lá coloquei. E mais do que o conteúdo da tese, mais do que a classificação que recebi, foram estas palavras que me fizeram sentir orgulho por ter terminado com sucesso aquele desafio.

Hoje, a quase 3000km de distância da mulher que merece mais do que a palavra ‘tudo’ pode incluir, mantenho cada palavra que então escrevi. Por ela ser tanto, mas tanto. Por não haverem sequer palavras que a possam descrever.

E mata-me, mata-me estar aqui tão longe quando sei que ela precisa de mim. Mata-me não poder abraçá-la, não poder fazê-la sorrir e não poder estar lá, a seu lado, para a apoiar. E mais que isto, mata-me o facto de saber que estar longe é a decisão acertada. Mata-me não poder apanhar um avião amanhã para ir para junto dela, por saber que aqui é o lugar onde devo estar. Mata-me que tenha precisado disto, desta fuga, para poder parar de morrer aos poucos.

E faz-me viver, esta saudade, esta vontade de estar lá. Faz-me viver o facto de saber que tive a coragem para fazer aquilo que é melhor para mim e por saber que o melhor para mim é o que a faz feliz a ela. Faz-me viver poder olhar para o presente e testemunhar o quanto eu cresci e o quanto ela se vai orgulhar quando eu um dia voltar para os seus braços.

E é assim que um texto que começou com uma lágrima termina com um sorriso. Obrigado Mãe!

Sem comentários: