12 de abril de 2015

Aqueles que não sabem amar

Amar não se aprende. Não há instruções, não há regras, não há nada que nos ensine qual é a forma certa de o fazer. Amar é, acima de tudo o resto, não pensar. Amar é não saber. Amar é pura e simplesmente amar, sem meias palavras, sem “mas”, sem nada para além de amor.

E quem não sabe amar, é quem ama mais, é quem ama realmente. Quem não o sabe fazer é quem sabe, sem saber, o que é o amor. Pode não saber descrevê-lo, não fazer ideia do que é, mas sente-o. E isso, apenas senti-lo, é a única coisa que se pode fazer em relação a este sentimento.

Amar é não dar o primeiro beijo, por ter medo que ela não o queira. Amar é não lhe dizer o quanto ela mexe com o nosso coração, por temer que ela vire as costas e saia da nossa vida. Amar é fazer de conta que ela não é importante, quando ela é a mais poderosa de todas as criaturas.

Amar é não saber, ou não ter consciência, que o tempo é curto e que se devem aproveitar todos os segundos. É abraçar menos do que se deve, gritar mais do que é necessário e sofrer mais do que é suposto. Mas amar também é exaustão, é acariciar a todo o instante, é não perder um fôlego expelido por ela, é errar e repetir todos os erros.

Talvez eu saiba mais sobre o amor do que aquilo que devia. E talvez por o saber, seja daqueles que ama por saber amar. Talvez o amor como eu o percebo, como esta força inabalável que me alimenta os sonhos, me abrilhanta os olhos e me aquece o coração, nem sequer seja amor. Espero que não o seja, porque se não o for, isso significará que não sei amar… sendo dos que mais ama!

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