Amar não se aprende. Não há instruções, não há regras, não há nada que
nos ensine qual é a forma certa de o fazer. Amar é, acima de tudo o resto, não
pensar. Amar é não saber. Amar é pura e simplesmente amar, sem meias palavras,
sem “mas”, sem nada para além de amor.
E quem não sabe amar, é quem ama mais, é quem ama realmente. Quem não o
sabe fazer é quem sabe, sem saber, o que é o amor. Pode não saber descrevê-lo,
não fazer ideia do que é, mas sente-o. E isso, apenas senti-lo, é a única coisa
que se pode fazer em relação a este sentimento.
Amar é não dar o primeiro beijo, por ter medo que ela não o queira. Amar
é não lhe dizer o quanto ela mexe com o nosso coração, por temer que ela vire
as costas e saia da nossa vida. Amar é fazer de conta que ela não é importante,
quando ela é a mais poderosa de todas as criaturas.
Amar é não saber, ou não ter consciência, que o tempo é curto e que se
devem aproveitar todos os segundos. É abraçar menos do que se deve, gritar mais
do que é necessário e sofrer mais do que é suposto. Mas amar também é exaustão,
é acariciar a todo o instante, é não perder um fôlego expelido por ela, é errar
e repetir todos os erros.
Talvez eu saiba mais sobre o amor do que aquilo que devia. E talvez por
o saber, seja daqueles que ama por saber amar. Talvez o amor como eu o percebo,
como esta força inabalável que me alimenta os sonhos, me abrilhanta os olhos e
me aquece o coração, nem sequer seja amor. Espero que não o seja, porque se não
o for, isso significará que não sei amar… sendo dos que mais ama!
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