8 de abril de 2015

Irei procurar-te

Tive-te. E isso mudou completamente a minha vida, mudou-me. Deixei de ser quem era e passei a ser o que sou: o resultado da tua curta passagem pela minha existência. Tive-te, mesmo não te tendo, e vou ter-te sempre. No meu coração, nas minhas memórias e nestas palavras, estará sempre um pouco de ti… e de nós.

E mesmo não te podendo ter mais, pelo menos aqui junto a mim, irei sempre procurar-te. Por tu seres a detentora daquele olhar, daquele sorriso, daquela forma de ser. Por tu seres tão incomparavelmente perfeita. Por tu seres tudo o que eu alguma vez poderia desejar.

Quando me voltar a apaixonar, sei que tu estarás lá. Sei que me apaixonarei porque ela, seja quem for, terá um pouco de ti. Poderá ser apenas aquele brilho nos olhos, aquela forma de falar, aquele sorriso. Mas tu farás parte dela. E quando a beijar pela primeira vez, vou recordar-me daquilo que já esqueci. Vou voltar a ter-te nos meus braços, mesmo não te tendo.

É injusto. É injusto que esteja condenado a amar-te e a não te ter. É injusto que, por muito que possa amar quem irei ter a meu lado, te tenha de amar a ti. Mas sabes, tu merece-lo. Mereces que eu viva assim, preso àquilo que tu representas. Mereces que eu te recorde, que te procure infinitamente e que te continue a elevar a divindade em cada texto. E mereces que eu volte a amar, mereces que em tua honra alguém possa ser a mulher mais feliz do mundo. Mereces tudo.

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