Tive-te. E isso mudou completamente a minha vida, mudou-me. Deixei de
ser quem era e passei a ser o que sou: o resultado da tua curta passagem pela
minha existência. Tive-te, mesmo não te tendo, e vou ter-te sempre. No meu
coração, nas minhas memórias e nestas palavras, estará sempre um pouco de ti… e
de nós.
E mesmo não te podendo ter mais, pelo menos aqui junto a mim, irei
sempre procurar-te. Por tu seres a detentora daquele olhar, daquele sorriso,
daquela forma de ser. Por tu seres tão incomparavelmente perfeita. Por tu seres
tudo o que eu alguma vez poderia desejar.
Quando me voltar a apaixonar, sei que tu estarás lá. Sei que me
apaixonarei porque ela, seja quem for, terá um pouco de ti. Poderá ser apenas
aquele brilho nos olhos, aquela forma de falar, aquele sorriso. Mas tu farás
parte dela. E quando a beijar pela primeira vez, vou recordar-me daquilo que já
esqueci. Vou voltar a ter-te nos meus braços, mesmo não te tendo.
É injusto. É injusto que esteja condenado a amar-te e a não te ter. É
injusto que, por muito que possa amar quem irei ter a meu lado, te tenha de
amar a ti. Mas sabes, tu merece-lo. Mereces que eu viva assim, preso àquilo que
tu representas. Mereces que eu te recorde, que te procure infinitamente e que
te continue a elevar a divindade em cada texto. E mereces que eu volte a amar,
mereces que em tua honra alguém possa ser a mulher mais feliz do mundo. Mereces
tudo.
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