17 de julho de 2010

Olhos Negros

Olho-te procurando algo, talvez um sinal,
Deparo-me com a escuridão do teu olhar,
Tento resistir a esta recém-criada tentação
De fugir apenas para os teus olhos evitar,
Mas acabo por me prostrar aos pés deste mal.

Mal que me consome, mal que me faz desejar-te,
Por tudo aquilo que os teus olhos me transmitem
Ou talvez por tudo aquilo que eles não me revelam,
Por eu sentir que existe algo que esses olhos omitem,
Por eu saber o quão errado é isto, eu amar-te.

Mas esse negro tem este indescritível poder,
Faz-me deixar de ser quem sou, faz-me sonhar,
E eu apenas sonho contigo, em finalmente te ter,
E tu limitas-te a seguir o teu caminho, sem me olhar.

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