30 de julho de 2010

Desconhecida

Nunca a vi, nunca a quis ver,
Era alguém de quem não queria saber,
Nunca lhe sorri, nunca lhe quis sorrir,
Era alguém que não sonhava em ter.

Mas a vida pregou-me uma partida,
Atravessou-a no meu caminho sem eu esperar,
E eu vendo-a assim, perdida,
Não consegui compaixão disfarçar.

Tornei-me alguém que nunca ambicionei,
Esqueci-me de quem era e do que queria,
Tornei-me alguém que sempre recordarei
Como o rapaz que tudo tinha e tudo perdia.

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