19 de julho de 2010

Carta a um amor secreto n.22

Depois de tantas cartas, de tantos poemas e de tantos textos, parei para pensar naquilo que ficará depois de tudo isto, naquilo que irá ser recordado quando o tempo passar e eu deixar de te escrever como hoje te escrevo. Sabes o que concluí? Devia passar todas essas palavras que já te dirigi para o papel, devia juntar tudo aquilo que escrevi contigo no pensamento e depois, quando sentir que estiver prestes a deixar de fazer parte da tua vida (não que hoje faça), devia chegar ao pé de ti e entregar-te tudo. E se um dia fizer mesmo isto não o farei com esperança que aquela atitude te faça olhar para mim de uma maneira diferente, irei fazê-lo como forma de honrar este sentimento que hoje me consome, como forma de te honrar a ti por tudo o que significas.
E se nesse dia tu me olhares e não quiseres sequer saber, se nesse dia me ignorares e não me deixares cumprir o meu desejo, restar-me-á fazer aquilo que hoje faço: baixar a cabeça e seguir o meu caminho, sabendo que deveria ter feito mais por ti, que deveria ter feito mais para te mostrar o que sinto, que deveria ter feito mais para te fazer sentir que és a mais especial, a mais perfeita, a mais amada. Mas nesse dia, nesse dia será já tarde demais.

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