26 de setembro de 2015

À mulher da minha vida #7

Hoje dei-me conta que, sempre que te escrevo, fico triste. Eu sei que não deveria ser assim, que deveria sorrir na certeza que aquilo que te escrevo hoje, tu lerás no amanhã próximo ou distante pelo qual anseio. Mas não consigo evitar ficar como estou agora, deprimido por não te ter aqui.

E se eu, algures no meu passado, tomei alguma decisão errada que fará com que tu nunca surjas na minha vida? E se tu estiveres do outro lado do planeta, enquanto eu estou aqui esperançoso que irás surgir? E se tu, pura e simplesmente, nunca te deres conta que o teu lugar é a meu lado?

Mas a verdade é que a tua ausência continua a contribuir inacreditavelmente para o meu crescimento. A cada dia aproximo-me um pouco mais daquilo que quero ser, mesmo sem ter consciência disso. Por exemplo isto, estes textos e palavras que outrora foram aquilo a que mais valor dava, pouco significam. Sabes porquê? Porque quando te tiver, quando finalmente te tiver, não vão ser estes textos a provar-te o quanto te amo nem outros textos que possa vir a escrever.

Eu vou ser capaz de te revelar o que sinto a cada olhar, a cada toque, a cada ação. Vou fazer questão de te surpreender todos os dias e te fazer sorrir. Vou fazer da tua felicidade a missão da minha vida e vou agradecer-te diariamente por me deixares estar a teu lado. O nosso amor vai ser diferente, vai ser nosso, vai ser inexplicável e nem sequer vamos chegar a pensar nele, porque o vamos viver abusivamente.

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