6 de setembro de 2015

A magia do silêncio de um olhar na escuridão

As luzes apagam-se mas as mãos continuam unidas no silêncio da noite, acariciando-se mutuamente e fazendo com que aqueles dois corpos sejam como apenas um, fundidos pela perfeição de cada toque. As palavras, essas, não têm acesso àquele mundo tão inocentemente criado. E ali, na escuridão calma e silenciosa daquele espaço, apenas existe o amor entre dois seres criados para serem um só.

Os olhos brilham, permitindo-lhes focarem-se um no outro, daí resultando o mais bonito de todos os sorrisos. Não há passado nem futuro, há apenas aquilo que eles têm: o presente de se terem um ao outro. Esse é, como eles tão bem sabem, o maior de todos os presentes.

O resto do mundo parece estar longínquo, parece uma miragem num passado triste, e eles percebem-se então do que é o mundo real. Ao contrário do que tantos pensam, o mundo real é aquele, o que eles têm quando estão juntos. Não haverá nunca nada tão real quanto aquilo, algo tão simplesmente soberbo.

Não precisam de palavras para perceberem o que ambos estão a pensar: haverá mais alguém que seja tão despreocupadamente feliz? Haverá mais mundos como o que eles criaram? Não interessa. O que interessa é apenas aquilo: aquele olhar, aquele sorriso e aquelas duas mãos unidas no silêncio. O que interessa é nenhum deles precisar sequer de escutar um “amo-te” para se sentir a mais amada de todas as criaturas. O que interessa… são eles!

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