25 de agosto de 2015

Medo de um amor que não acontece

Ter medo é indubitavelmente o primeiro passo para ser corajoso. E eu gostava de o ser, ó se gostava. Queria que este medo que me atormenta se transformasse em força e que estas lágrimas fossem como um rio que me conduzisse a bom porto. E acima de tudo, gostava de ser capaz de acreditar, ao invés de ser apenas capaz de sonhar. Gostava de poder cerrar os olhos, sonhar com aquele futuro que desejo e crer que aquele cenário imaginado se poderia tornar real. Mas não consigo…

Gostava ainda mais, mesmo que saiba os malefícios associados, de voltar àquele tempo em que escrevia com a certeza que as palavras iam mudar a minha vida. De voltar àquele tempo em que todas as noites era capaz de escrever uma carta ou um poema e em que a dor me era tão fácil de transformar em palavras.

Mas sei que estou melhor assim. Ciente da realidade e ciente da dor que carrego, sem utopias para além deste blogue e sem crenças para além daquelas em mim mesmo. Estou melhor assim, sóbrio, sem me afogar em pensamentos e teorias e, sobretudo, sem me afogar nas palavras que tantas vezes me puxaram à tona de água… e tantas vezes me afundaram mais…

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