19 de agosto de 2015

À mulher da minha vida #6

Li-te. Quando te olhei nos olhos a primeira vez e percebi toda aquela imensidão de sentimentos, todas as tuas dores e mágoas. Li na tua expressão aquilo que já havias enfrentado e o quanto estavas cansada de lutar. Li o teu sofrimento, e sofri de imediato contigo, por ter lido também no teu olhar o quão maravilhosa eras, o quão sincera e repleta de bondade, o quão não merecias ter esse olhar triste.

Mas sabes, li também, no fundo do teu olhar, uma réstia de esperança, um sinal de que tu, apesar de tudo, ainda acreditavas que algo podia mudar a tua vida e dar-lhe um sentido. Atentei nesta réstia, olhando-te nos olhos, e foi quando me sorriste…

Arrepiei-me ao sentir o teu sorriso naquele momento, enquanto invadia o teu olhar e te lia sem sequer pedir autorização. Apercebi-me então que não precisava de te ler para perceber que eras a criatura mais perfeita que já havia encontrado na minha vida. Tudo em ti era perfeito e, mais que isso, tudo em ti era sincero e cheio de um sentimento puro que me custou a compreender.

Foi então que, voltando a ler-te, me dei conta que tinha que lutar por ti. Tinha que fazer com que aquela réstia de esperança que tinha deslumbrado no fundo do teu olhar ganhasse a minha forma. A minha missão passou então a ser simples: fazer de ti a mais feliz de todas as mulheres, a mais amada, a mais louvada.

E juntos, de mãos dadas num mundo cheio de falsidade, com a tua perfeição e a minha imperfeição, criámos o mais bonito de todos os mundos: aquele em que eu e tu fomos um nós, aquele em que me tornei o mais rico de todos os homens.

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