23 de maio de 2009

Rios sangrentos

São suaves as ondas dos rios chorados
Que transportam mágoas e vivências
De seres cuja felicidade se esvai,
Nada fazem, mantendo aparências,
São seres mortos, seres acabados.

Mas nos rios navega também a esperança,
Navegam sorrisos repletos de sinceridade,
As dores são por tudo isto apagadas,
Levando ao esquecimento da realidade,
Levando ao aparecimento da bonança.

É então que o corpo morre afogado,
Sem força para lutar contra a corrente,
Sem coragem para continuar a viver,
Perde-se nas águas, eternamente,
Deixando o sangue correr, triste fado.

1 comentário:

Bruno Batista disse...

achei sua poesia muito forte e reflexiva. parabéns por sábias palavras. se tiver orkut o meu é: brunobatista.cultura@gmail.com