7 de junho de 2010

Carta a um amor secreto n.20

Parece que foi ontem que tudo aconteceu, parece que foi ontem que te tive aqui, junto a mim, parece que foi ontem que alcancei um sonho que me parecia impossível. Mas já lá vão tantos dias e eu, ingénuo como sempre, acreditei que com o passar do tempo deixaria de pensar em ti, deixaria de te ver como aquela dos meus poemas, aquela de tamanhos dilemas. Mas o sonho continua e desperta a cada vez que te olho, desperta a cada encontro que tanto tento evitar, desperta a cada memória dos sorrisos que já me provocaste. E se isto não é amor, se isto que me invade não é aquilo que eu penso ser, deverá desaparecer com a tua ausência. No entanto não me imagino a escrever, daqui a muitos dias, depois de sofrer com a tua ausência, que tu não passaste de uma paixão momentânea. E talvez fosse melhor assim, talvez fosse melhor que eu me surpreendesse a mim próprio e percebesse que o que sinto, aquilo que me faz escrever estas palavras, não é amor.
E recordo-me tão bem daquela noite em que tudo parecia bem, daquela noite com tanta verdade, com tanta sinceridade, com tanta…felicidade. Recordo-me do teu sorriso, dos teus cabelos, dos teus gestos, das tuas palavras. E recordo-me, incrivelmente bem, do teu olhar. Esse que me fez cair a teus pés, esse que tem o poder de me deixar sem palavras, esse que naquela noite senti como meu.

1 comentário:

margarida disse...

knd se ama de verdade é assim...
não da para evitar esses sentimentos...tmb me acontece o mesmo ...temos que viver com isso mesmo k n keiramos...