Apertar-te, sem
limites, sem meias medidas. Apertar-te até ficares sem ar, até teres que me
apertar de volta para eu perceber que tenho que te soltar um pouco. Apertar-te
e parar o mundo que continua a girar à nossa volta. E entre um aperto e outro, sussurrar.
Sussurrar-te ao ouvido o quanto aquele aperto significa, mesmo sabendo que
serei incapaz de o traduzir em palavras. Dizer-te o quanto te quero a meu lado,
o quanto gosto de ti. E mais importante que tudo, mostrar-te o que te digo.
Mostrar-te que não és a pessoa que mais importa, és a única. Mostrar-te que és
a primeira e a última a receber aquele aperto daquela forma.
É isto. Aquilo a
que uns chamam destino, eu trato pelo teu nome. Por seres tu o meu presente, o
meu futuro, o meu ser. Por não precisar de procurar mais nada em lado nenhum. Por
saber que tu és o mundo no qual devo viver, o mundo que eu procurei durante
tanto tempo. E por isto, aperto-te. A cada segundo em que o possa fazer, até
muito para além do momento em que as forças me faltarem. Apertar-te-ei.
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