Será que te preciso mesmo? Será que tu és assim tão essencial para a
minha existência? Será que sem ti nunca poderei ser realmente feliz? Tenho vindo
a pensar nisto, muito porque tu teimas em não aparecer na minha vida. Talvez a
tua função seja esta, apenas esta: seres uma ideia, um conceito que me motiva a
escrever e a espelhar o amor que não posso revelar diretamente a ninguém.
E se eu ficar preso a ti? Se ficar para sempre preso à ideia de que um
dia vais aparecer e se insistir em fechar as portas a quem me possa fazer
feliz, realmente feliz? Acho que é injusto, acho que és injusta. Se não vais
mesmo aparecer, e queria tanto que o fizesses, devias dar-me um sinal,
fazer-me cair na realidade e deixar-me ir. Devias abrir mão de mim, do meu
coração.
Eu sei, a minha impaciência está a fazer-me parecer desesperado. Já tive
mais certezas acerca daquilo que te escrevi anteriormente: cada segundo sem ti
é menos um segundo até te ter. E se os segundos todos passarem e tu não vieres?
E se tu fores só mesmo isto, cartas que eu poderei ler quando estiver só, deixando
escorrer as lágrimas que a tua ausência provocará?
Mas não te apresses, se ainda não é o momento de dares um novo sentido à
minha vida, não o faças. Eu amo-te e este sentimento não vai desaparecer, quer
passem meses quer passem anos. Mas por favor, não me faças esperar muito mais
se não planeares aparecer…
Sem comentários:
Enviar um comentário