2 de junho de 2015

À mulher da minha vida #4

Será que te preciso mesmo? Será que tu és assim tão essencial para a minha existência? Será que sem ti nunca poderei ser realmente feliz? Tenho vindo a pensar nisto, muito porque tu teimas em não aparecer na minha vida. Talvez a tua função seja esta, apenas esta: seres uma ideia, um conceito que me motiva a escrever e a espelhar o amor que não posso revelar diretamente a ninguém.

E se eu ficar preso a ti? Se ficar para sempre preso à ideia de que um dia vais aparecer e se insistir em fechar as portas a quem me possa fazer feliz, realmente feliz? Acho que é injusto, acho que és injusta. Se não vais mesmo aparecer, e queria tanto que o fizesses, devias dar-me um sinal, fazer-me cair na realidade e deixar-me ir. Devias abrir mão de mim, do meu coração.

Eu sei, a minha impaciência está a fazer-me parecer desesperado. Já tive mais certezas acerca daquilo que te escrevi anteriormente: cada segundo sem ti é menos um segundo até te ter. E se os segundos todos passarem e tu não vieres? E se tu fores só mesmo isto, cartas que eu poderei ler quando estiver só, deixando escorrer as lágrimas que a tua ausência provocará?

Mas não te apresses, se ainda não é o momento de dares um novo sentido à minha vida, não o faças. Eu amo-te e este sentimento não vai desaparecer, quer passem meses quer passem anos. Mas por favor, não me faças esperar muito mais se não planeares aparecer…

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