29 de janeiro de 2010

Amor: um defeito e uma virtude

O amor tem um grande defeito: é difícil, quiçá impossível, de disfarçar. E por mais que tentemos manter esse sentimento como apenas nosso acabamos por o revelar num olhar, num sorriso, na forma como usamos as palavras, na maneira como mudamos quando temos a pessoa amada por perto. Coisas tão simples que fogem ao nosso controlo, coisas tão simples que tantas vezes nos desmascaram.

Tal como me disseram uma vez: quando amamos é como se tivéssemos um íman, que mais tarde ou mais cedo vai atrair para nós as atenções daqueles que temos à volta e, consequentemente, nos leva a admitir qual o “objecto” do nosso amor.

Mas o amor também tem uma grande virtude: faz-nos ser felizes. A verdade é que o amor nos faz tão felizes que nos torna irracionais, e isso devolve-nos aquilo que cada vez mais mostramos menos: a nossa humanidade. É que quando somos irracionais, quando fazemos as coisas sem sequer pensar nas consequências, somos nós mesmos. Somos nós enquanto seres únicos e independentes; somos nós sem sermos condicionados por ninguém; somos simplesmente aquilo que somos. E é aqui, depois de tudo isto, que surge o mais puro romantismo. Aquele que não se vê em filmes nem se lê em livros. Aquele romantismo que nos faz apaixonar, verdadeiramente.

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